Anvisa Aprova Novos Medicamentos Análogos ao Ozempic
A Aprovação da Anvisa e os Novos Medicamentos
Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a produção e venda de dois novos medicamentos análogos de GLP-1, a mesma classe do Ozempic, pela farmacêutica EMS. Os produtos, chamados Olire e Lirux, estão destinados ao tratamento de obesidade e controle do diabetes tipo 2, respectivamente, e estarão disponíveis nas farmácias brasileiras a partir de 2025.
Características dos Novos Fármacos
Ambos os medicamentos são baseados na liraglutida, o mesmo princípio ativo que se encontra nas canetas injetáveis Saxenda e Victoza, produzidas pela farmacêutica Novo Nordisk. É importante destacar que a patente do peptídeo caiu no início deste ano, permitindo que outras empresas possam desenvolver produtos similares. O Lirux terá uma dose de até 1,8mg por dia, enquanto o Olire poderá ser administrado em doses de até 3mg diárias.
Formas de Apresentação e Disponibilidade
O Lirux será comercializado em embalagens que contêm uma, duas, três, cinco e até dez canetas, enquanto o Olire será vendido individualmente ou em pacotes de três ou cinco canetas. Assim, os pacientes terão opções que se adequam às suas necessidades de tratamento, proporcionando maior flexibilidade e acessibilidade.
Produção Nacional e Impacto no Mercado
Carlos Sanchez, Presidente do Conselho de Administração da EMS, afirma que “desenvolvemos um produto no país, com tecnologia brasileira, do zero”. A farmacêutica se compromete a fabricar desde a matéria-prima até o produto acabado, reafirmando sua posição de liderança no mercado farmacêutico brasileiro. A produção desses novos medicamentos já está em fase piloto e, a partir de março do próximo ano, espera-se que a fabricação alcance a marca de 40 milhões de unidades.
Comparação com o Ozempic
A principal diferença entre os análogos de GLP-1 está no princípio ativo: o Ozempic contém semaglutida, enquanto o Olire é feito com liraglutida. Embora ambos os medicamentos ajudem na perda de peso, os efeitos colaterais gastrointestinais são uma preocupação comum entre os usuários. Esses medicamentos simulam o hormônio GLP-1 no corpo, que possui receptores em diversas partes do organismo.
Mecanismos de Ação dos Medicamentos
Os análogos de GLP-1, como o Lirux e o Olire, atuam em várias partes do corpo. No pâncreas, eles promovem um aumento na produção de insulina, o que é crucial para o controle do diabetes tipo 2. No estômago, esses fármacos retardam a digestão, e no cérebro, ativam a sensação de saciedade. Esses mecanismos são fundamentais para a perda de peso, uma vez que ajudam a reduzir a ingestão calórica diária.
Considerações sobre o Uso e Efeitos Colaterais
É imprescindível que todos os medicamentos sejam utilizados somente com a devida indicação médica. Embora a maioria dos efeitos colaterais associados à liraglutida e semaglutida sejam leves, como náuseas, diarreia e hipoglicemia, é importante que os pacientes estejam cientes deles. Outras reações adversas incluem vômitos, tontura, indigestão, gastrite, refluxo e constipação.
Conclusão
A autorização da Anvisa para a produção de Olire e Lirux representa um avanço significativo no tratamento de obesidade e diabetes tipo 2 no Brasil. Com a fabricação nacional e a utilização de tecnologia brasileira, esses novos medicamentos prometem oferecer opções acessíveis e eficazes para os pacientes. O lançamento no mercado em 2025 poderá transformar a forma como as doenças são tratadas, contribuindo para a saúde e bem-estar da população.